Apesar de a região servir de ponto estratégico para o apoio as expedições com destino, principalmente, para o Rio da Prata, os primeiros habitantes de Santa Catarina foram náufragos e desertores. Após alguns anos, chegam a Santa Catarina 4500 colonos açorianos, que se estabeleceram principalmente no litoral do continente. A partir de 1829 são instaladas várias colônias européia no estado, para os imigrantes de origem alemã, italiana e eslava.
Com a expansão das expedições bandeirantes, sobretudo as de bandeiras vicentinas (originarias da Capitania de São Vicente), a região passou a ser percorrida. A Ilha foi ocupada em 1637, quando Francisco Dias Velho lá se estabeleceu com sua família e seus escravos, dando inicio a futura povoação Nossa Senhora do Desterro (atualmente Florianópolis). Em 1642 foi construída a primeira capela do estado, em um local denominado São Francisco, que passaria a vila em 1660 (aproximadamente). A fundação de Laguna, em 1684, ocorreu após a pacificação dos índios habitantes da região. Em 1739 Santa Catarina passa a ser, oficialmente, o posto português mais avançado na América do Sul.
Em 1777 os espanhóis invadem a Ilha com sucesso, e expulsam tropas e autoridades para o continente. A Ilha foi devolvida a Portugal após o tratado de Santo Idelfonso, nesse mesmo ano.
Santa Catarina teve um papel importante na Revolução Farroupilha. Os catarinenses eram receptivos as idéias republicanas. Com o objetivo de utilizar sua saída para o mar, em 22 de julho de 1839, os Farrapos tomaram a cidade de Laguna dos imperialistas. A cidade passou a chamar-se “Cidade Juliana de Laguna”, local onde se estabeleceu o Governo Provisório da “República Catarinense”, já articulando, democraticamente, a eleição provisória para Presidente da Republica Catarinense. A ocupação durou até o fim do mesmo ano, quando ocorreu a derrota naval dos Farrapos.
Um capitulo a parte na Revolução Farroupilha teve como protagonista a catarinense Ana Maria de Jesus Ribeiro, conhecida como Anita Garibaldi. Tornou-se uma lenda ao lutar ao lado do italiano Giuseppe Garibaldi pela liberdade, seja nas Américas (lutou no Brasil e no Uruguai), ou na Europa (lutou na Itália).
O estado esteve envolvido ainda na Guerra do Contestado, entre 1912 e 1916.
http://www.infoescola.com/historia/guerra-dos-farrapos/ (Saiba mais sobre a Guerra dos Farrapos)
http://www.infoescola.com/santa-catarina/bandeira-sc/ (Saiba mais sobre a Bandeira do estado de Santa Catarina).
http://www.infoescola.com/historia/guerra-do-contestado/ (Saiba mais sobre a Guerra do Contestado)
CULTURA CATARINENSE
A cultura de Santa Catarina reflete as variadas etnias presentes no Estado. Grupos folclóricos mantêm viva a herança dos imigrantes, presente também no artesanato, na linguagem, na gastronomia e nas festas típicas tradicionais, que atraem mais de um milhão de visitantes anualmente, principalmente a Oktoberfest de Blumenau, a segunda maior festa da cerveja do mundo.Santa Catarina é uma referência internacional na dança. Em Joinville funciona a Escola do Teatro Bolshoi no Brasil, primeira e única filial da mais respeitada instituição de ensino de balé do mundo, o Teatro Bolshoi de Moscou. Sob supervisão de mestres do balé russo, cerca de 300 alunos recebem formação para serem artistas profissionais. Oitenta e cinco por cento das vagas são reservadas a alunos bolsistas, a maioria em situação de risco social.
A MAIOR FESTA ALEMÃ BRASILEIRA: Oktoberfest
A Oktoberfest teve sua primeira edição em 1984 e logo demonstrou que seria um evento para entrar na história. Em apenas 10 dias de festa, 102 mil pessoas foram ao, então Pavilhão A da Proeb, número que na ocasião representava mais da metade da população da cidade. O consumo de chopp foi de quase um litro por pessoa. No ano seguinte, a festa despertou o interesse de comunidades vizinhas e de outras cidades do país. O evento passou, então, a ser realizado em dois pavilhões.O sucesso da Oktoberfest consolidou-se na terceira edição e tornou-se necessário a construção de mais um pavilhão e a utilização do ginásio de esportes Sebastião da Cruz - o Galegão - para abrigar os turistas vindos de várias partes do Brasil, principalmente da região Sudeste, e também de países vizinhos. O evento acabou fazendo de Blumenau o principal destino turístico de Santa Catarina no mês de outubro.Mas, para quem não sabe, a Oktoberfest não é só cerveja. É folclore, memória e tradição. Durante 18 dias de festa os blumenauenses mostram para todo o Brasil a sua riqueza cultural, revelada pelo amor à música, à dança e à gastronomia típica, que preservam os costumes dos antepassados vindos da Alemanha para formar colônias na região Sul. A cultura germânica o turista confere pela qualidade da festa, dos serviços oferecidos, através de sociedades esportivas, recreativas e culturais, dos clubes de caça e tiro e dos grupos de danças folclóricas. Todos eles dão um colorido especial ao evento, nas apresentações, nos desfiles pelo centro da cidade e nos pavilhões da festa por onde circulam, animando os turistas e ostentando, orgulhosos, os seus trajes típicos.É por essa característica que a festa blumenauense, versão consagrada da Oktoberfest de Munique, transformou-se, a partir de 1988, numa promoção que reúne mais de 600 mil pessoas por ano. E foi, também, a partir dela que outras festas surgiram em Santa Catarina, tendo a promoção de Blumenau como carro-chefe, fato que acabou por tornar o território catarinense no caminho preferido dos turistas no mês de outubro.
Gastronomia Catarinense
Os descendentes de eslavos – poloneses e ucranianos –, que se instalaram principalmente na região Norte, mantêm viva sua culinária forte e exótica, repleta de nomes difíceis, cheiros e sabores peculiares. Destacam-se a torta salgada de requeijão, a salada de repolho roxo, as maçãs recheadas, sopa de batatas com leite, pastéis de batata e requeijão. O condimentado goulasch – cozido de carne bovina com verdura – é a contribuição húngara. Os holandeses trouxeram a tecnologia do processamento de laticínios – leite, iogurte e queijos –, gerando indústrias conhecidas em todo o Estado. O mesmo se deu com os tiroleses da encantadora Treze Tílias, no Meio Oeste, famosos também pelos deliciosos chocolates caseiros. Por fim, nas estâncias serranas, a culinária revela a influência dos tropeiros e gaúchos que se instalaram na região. No cardápio, simples e farto, feijão tropeiro, arroz de carreteiro – preparados em fogão à lenha – churrasco e chimarrão, além do pinhão – fruto das Araucárias que caracterizam a paisagem da região.
Strudel de Maçã (Apfelstrudel))
Dança Folclórica
BOI DE MAMÃO
O folguedo do Boi-de -mamão no folclore catarinense é uma da brincadeira de maior atração popular.
Existe no folclore brasileiro com os nomes mais diversos: Bumba-meu-boi, Boi-bumbá, Boi-pintadinho , Boi-de-reis Boi-de-cara preta Boi-calemba etc...e entre nos o Boi de pano e Boi-de-mamão.
Origem do nome
Antigamente o folguedo do Boi era conhecido como Bumba-meu-Boi depois Boi- de-Pano, mas ocorre que com a pressa de fazer a cabeça foi usado mamão verde, e quando foi apresentado recebeu o nome de boi de mamão. esse nome é mantido até hoje, onde se vêem Bois com cabeça de todos os tipos. Há quem contrarie essa versão dizendo vir o nome Boi-mamão do boi que mama. Não existe registro que confirme ou desminta a versão do mamão verde conhecia ma mais de cem anos.As versões variam conforme as regiões. No norte e nordeste, a sua apresentação é mais dramática.
No sul, ou seja em santa catarina se apresenta um boi de criação mais graciosa, com danças mais alegres, passando a brincadeira a encantar principalmente as crianças.
http://www.youtube.com/watch?v=8nfDEEAkFiU (Boi de mamão)
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