quinta-feira, 26 de setembro de 2013

História da Região Sul do Brasil








A Região Sul do Brasil, ao contrário do Nordeste e do Sudeste, esteve muito tempo fora do alcance dos interesses de Portugal em virtude de fatores diversos entre os quais a posição geográfica no litoral das terras lusitanas no continente americano, posição que a tornava distante das células iniciais da colonização e, portanto, afastada do eixo econômico estabelecido entre o Brasil e a Metrópole. Processou-se o desenvolvimento do Brasil nordeste com base na indústria açucareira e na mineração, mas o sul, embora em parte já desbravado, chegou ao século XX, praticamente povoado.
Do povoamento que se processou até a metade do século XIX resultou em uma ocupação pouco expressiva constituída por uma população rural muito rarefeita. Esta população tinha como principais atividades econômicas a criação de gado nos campos, o cultivo da cana-de-açúcar em certos pontos da faixa costeira, extrativismo vegetal de erva-mate e incipientes culturas temporárias nas orlas florestais. Era, ainda, um povoamento inicial. Foi a partir do século XIX e principalmente nos últimos 50 anos doem pleno século XX, que a ocupação humana evoluiu em marcha acelerada da qual sobreveio a ocupação permanente de toda a região.

 PARANÁ


A denominação “Paraná” vem da língua guarani e quer dizer: “para” ... mar + “anã” ... parecido, parente, semelhante, significando rio grande, rio como mar, rio semelhante ao mar.
É termo de origem geográfica e refere-se ao Rio Paraná, o maior curso d’água em território paranaense, que divisa o Estado do Paraná da República do Paraguai e do Estado do Mato Grosso do Sul. Originalmente a pronúncia correta do termo era Paranã, porém, com o tempo alterou-se a acentuação da última vogal. Em se tratando de estudo toponímico, deve-se levar em conta que o topônimo Paraná, aparece, dentre várias citações, em três outras importantes denominações no território paranaense, a saber: “Rio Paranapanema”, que divide, a norte e noroeste os Estados do Paraná e de São Paulo; “Paranaguá”, primeiro município criado no estado; “Rio Paraná”, situado na porção oeste paranaense.
A denominação Paraná, dada ao Estado da Federação, surgiu a partir de 1853, no período da elevação da então Comarca de Curitiba, que era jurisdicionada à Província de São Paulo, à categoria de Província.

Cultura Paranaense

A cultura paranaense, rica e diversificada, é o resultado das múltiplas contribuições de diversos povos que foram se estabelecendo nas terras do Estado, ao longo dos séculos. Essa formação cultural se deu pela mistura das influências dos diversos povos que colonizaram suas terras, como os tropeiros, índios, escravos, portugueses, espanhóis, italianos, alemães e poloneses. A grande diversidade cultural do estado transparece na alimentação, nas crenças, nas festas e em outros costumes do povo paranaense.
No início, a cultura europeia, do espanhol e do português, foi redimensionada pelos mitos e costumes indígenas. Os paranaenses herdaram muitos dos costumes, como o hábito de consumir ervas, milho, mandioca, mel e tabaco.
Em seguida, os tropeiros contribuíram com a cultura do consumo do chimarrão, do café e do feijão tropeiro e os negros escravos deixaram como herança a feijoada, a cachaça e sua danças e ritos.
Mais tarde, os imigrantes europeus, que se fixaram principalmente no sul e leste do Paraná, trouxeram manifestações próprias que se misturaram à pré-existente cultura popular do Estado. Tradições polonesas, alemãs, ucranianas, libanesas e japonesas, por exemplo, somaram-se às manifestações de origens indígenas, africanas, portuguesas e espanholas, tornando a cultura do Paraná ainda mais diversa.
Assim, o Estado do Paraná é uma grande composição cultural influenciada por grupos que deslocaram-se de seus países ou Estados por variados motivos. E essa mistura toda trata da cultura paranaense, manifestada e representada na arquitetura, na culinária, no artesanato, na literatura e na música.

Comida Típica Paranaense
-Barreado;
-Carneiro no Buraco;
-Pinhão
-Chimarrão;
-Tererê;
-Dourado Assado.

Barreado
Os locais tradicionais do Estado do Paraná onde encontra-se com facilidade o barreado são as cidades de Morretes, onde o prato é mais conhecido, porém também encontra-se nas cidades vizinhas em alguns restaurantes: Antonina e Paranaguá.
Um prato típico da culinária brasileira de sabor indescritível e altamente revigorante. Foi criado há mais de 200 anos por caboclos do litoral paranaense. Começou a ser servido por ocasião da festa do "entrudo", que hoje em dia conhecemos pelo nome de "Carnaval". Depois, foi incorporado às festas religiosas de Morretes e Antonina e hoje é considerado o prático típico oficial do Paraná.
Como é feito?
É um cozido à base de carne bovina fibrosa, sem osso e sem gordura, temperada com condimentos tropicais. O autêntico Barreado é feito em panela de barro, onde os ingredientes são colocados em camadas e cobertos com folhas de bananeira. Depois, a panela é lacrada com uma argamassa de farinha de mandioca para evitar a saída de vapor. O cozimento se dá em fogo de lenha brando e dura até 18 horas para ficar no ponto

Cultura do Paraná
A cultura do Paraná é o conjunto de manifestações artístico-culturais desenvolvidas por paranaenses. É muito rica, por ter recebido a contribuição dos portugueses e espanhóis; dos africanose indígenas; dos imigrantes italianos, alemães, neerlandeses, poloneses, ucranianos, japoneses, árabes, coreanos, chineses e búlgaros; dos gaúchos, catarinenses, mineiros, e nordestinos.

Caracterizado pela transmissão oral de geração para geração e pelo anonimato sobre a origem de elementos como lendas e crendices populares, o folclore é uma manifestação resultante de períodos históricos e dos povos que ajudaram na formação de uma localidade. No Paraná, o folclore mistura histórias e costumes de antigas tribos indígenas, grupos de escravos, de imigrantes e também das pessoas que chegaram ao Estado na época do tropeirismo, como gaúchos, mineiros e paulistas.
Buscando manter as tradições dos primeiros habitantes do Paraná, grupos folclóricos apresentam-se com as danças e trajes típicos dos países de origem de seus antepassados. Outros realizam festas e dançam o Pau-de-fitas, a Balainha ou o Fandango, danças tipicamente paranaenses. Aliás, o Estado possui mais de 160 festas realizadas periodicamente em diversas cidades. A maioria dessas caracteriza-se pela finalidade de homenagear padroeiros e padroeiras, determinadas etnias, épocas do ano, produtos ou pratos típicos, além dos eventos tradicionais, a exemplo das Cavalhadas, da Congada e da Festa do Divino.
Dentro do folclore ainda são muito comuns a criação e disseminação de contos e lendas populares. No ano de 2005 a SEEC cadastrou mais de 200 “causos” para seu projeto “Paraná da Gente”. Entre as principais lendas paranaenses, a maioria retrata histórias envolvendo povos indígenas, assombrações, manifestações religiosas, seres fantásticos ou tesouros escondidos, além de vários contos sobre a figura de um monge chamado João Maria.
Através dessas lendas, danças e festas, a sociedade paranaense busca preservar os elementos de sua cultura que os remetem ao passado e que homenageiam aqueles que deram início à colonização do Estado, transmitindo esses valores e costumes para as novas gerações.




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