sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Região Sul do Brasil - Rio Grande do Sul

No início do século XVII, a região até então considerada “terra de ninguém”, começou a ser ocupada com a chegada dos padres jesuítas, que fundaram as Missões Jesuíticas pela região onde hoje estão situados os estados do Rio Grande do Sul e do Paraná e os países, Paraguai e Argentina. As missões jesuíticas, nessa região, tinham como principal característica o grande número de índios guaranis convertidos por grupos pequenos de religiosos. Com o objetivo de garantir a alimentação dos índios convertidos, o Padre Jesuíta Cristovão de Mendonça introduziu o gado nas missões em 1634.
Em 1641, os bandeirantes expulsam os jesuítas da região. Na fuga dos jesuítas, grande parte do gado se espalhou pela região, virando selvagem (ou chimarrão, como se dizia na época), dando origem ao chamado gado “orelhano”.
Em 1682, jesuítas espanhóis, aproveitando que os bandeirantes estavam ocupados na extração de ouro e pedras, retornam ao solo gaúcho e fundam o primeiro núcleo urbano do estado: São Francisco de Borja, atualmente a cidade de São Borja.
O primeiro grupo de povoadores organizados e apoiados oficialmente pelo governo veio da Ilha dos Açores, em 1740, e foram acomodados nas proximidades de Porto de Dorneles. Essa população deu origem à cidade de Porto Alegre.
As estâncias, o mesmo que chamamos de fazenda, já em 1780, investiam na produção de charque, produto que passou a ser vendido para o restante do país.
Um capítulo a parte na história do Rio Grande do Sul foi a Revolução Farroupilha, que teve inicio em 1835 e durou 10 anos. A Revolta dos Farrapos foi um movimento de imperialistas contra os gaúchos republicanos, causada por motivos econômicos, sociais, políticos e militares. As idéias iluministas, liberais, encantaram a elite rio-grandense, que sofria com os desmandos do poder imperial, que cobrava altos impostos e eram indiferentes as necessidades da região. O conflito tem fim com a assinatura do “Ponche Verde”, em primeiro de março de 1845.

CULTURA DO RIO GRANDE DO SUL
Os gaúchos dos pampas, ou das cidades, formam um povo alegre e rico em tradições. Grande parte dos seus aspectos culturais é oriunda dos imigrantes alemães, que habitaram a região por volta de 1824. Os italianos, espanhóis e portugueses também contribuíram para a riqueza cultural desse Estado.O gaúcho, que não dispensa a bombacha, o lenço e o poncho, aprecia o chimarrão e o churrasco.
Grande parte das danças gaúchas é de origem portuguesa, se destaca também as danças espanholas, como a tirana e o anu. 
A festa de Nossa Senhora dos Navegantes, de origem portuguesa, é realizada em Porto Alegre no dia 2 de fevereiro, no rio Guaíba, onde centenas de barcos e milhares de fiéis devotos participam da procissão fluvial. É também chamada pelo povo de festa das Melancias. 
Algumas cidades do Sul ainda celebram as tradições dos antepassados em festas típicas, como a Festa da Uva, em Caxias do Sul (RS).

Cultura do Rio Grande do Sul
O Rio Grande do Sul, para quem não conhece é um estado brasileiro que fica localizado no extremo sul de nosso pais, um lugar repleto de coisas curiosas, como por exemplo, a sua própria cultura. Muitas etnias já passaram e fizeram parte da historia dos gaúchos, como os milicianos, os portugueses, espanhóis, imigrantes alemães e italianos, comunidades judaicas e até escravos africanos.
A arquitetura do RS é uma grande fonte de cultura e história para toda região, composta de igrejas, fortes, teatros, catedrais e até mesmo ruínas de obras muito importantes para o estado. Na culinária o destaque total e especial vai para o churrasco, uma especialidade gaúcha que muitos no mundo inteiro invejam. O chimarrão também é uma bebida característica do sul e não pode ser esquecido em uma eventual visita, assim como o vinho.

Como preparar um Chimarrão: http://www.youtube.com/watch?v=4Ydo7Wf-76Y


DANÇAS TRADICIONAIS
Dança: Anú
Dança típica do fandango gaúcho. Divide-se em duas partes distintas: uma para ser cantada e outra para ser sapateada. É dança de pares soltos mas não independentes. É grande e viva ao mesmo tempo, na parte cantada é cerimoniosa e na sapateada realiza evoluções bastante marcantes.
http://www.youtube.com/watch?v=vRL8cDjdCNM (Apresentação de Dança Anu)

Dança: Pezinho
Originária de Portugal e Açores é vivaz e alegre, com características de sã ingenuidade. É a mais conhecida dança do folclore gaúcho, onde os dançarinos apresentam duas partes: na primeira há uma marcação dos pés e na segunda os pares giram em torno de si próprios, tomados pelo braço.
A Dança da Chula
A dança caracteriza-se pela agilidade no sapateio do peão ou de diversos peões, em disputas. A masculinidade ressaltada pela Chula, no desempenho solitário do sapateado sobre uma lança estendida no chão, retrata a imponência do peão gaúcho.

Região Sul do Brasil - Santa Catarina

Dentre os primeiros registros da região onde se localiza o Estado de Santa Catarina, destaca-se a referencia da expedição de Juan Dias de Solis, que em 1515 passou por ali em direção ao Rio da Prata. Juan Dias de Solis deu o nome de baía dos “perdidos” as águas entre a Ilha (onde hoje fica a cidade de Florianópolis) e o continente. Em 1526, Sebastião Caboto publicou os mapas referentes à sua expedição, no qual nomeou a Ilha de “porto dos Patos”. Somente em 1529, no mapa-múndi de Diego Ribeiro, a Ilha aparece com o nome de Santa Catarina, sendo que existem várias versões a respeito da origem desse nome.
Apesar de a região servir de ponto estratégico para o apoio as expedições com destino, principalmente, para o Rio da Prata, os primeiros habitantes de Santa Catarina foram náufragos e desertores. Após alguns anos, chegam a Santa Catarina 4500 colonos açorianos, que se estabeleceram principalmente no litoral do continente. A partir de 1829 são instaladas várias colônias européia no estado, para os imigrantes de origem alemã, italiana e eslava.
Com a expansão das expedições bandeirantes, sobretudo as de bandeiras vicentinas (originarias da Capitania de São Vicente), a região passou a ser percorrida. A Ilha foi ocupada em 1637, quando Francisco Dias Velho lá se estabeleceu com sua família e seus escravos, dando inicio a futura povoação Nossa Senhora do Desterro (atualmente Florianópolis). Em 1642 foi construída a primeira capela do estado, em um local denominado São Francisco, que passaria a vila em 1660 (aproximadamente). A fundação de Laguna, em 1684, ocorreu após a pacificação dos índios habitantes da região. Em 1739 Santa Catarina passa a ser, oficialmente, o posto português mais avançado na América do Sul.
Em 1777 os espanhóis invadem a Ilha com sucesso, e expulsam tropas e autoridades para o continente. A Ilha foi devolvida a Portugal após o tratado de Santo Idelfonso, nesse mesmo ano.
Santa Catarina teve um papel importante na Revolução Farroupilha. Os catarinenses eram receptivos as idéias republicanas. Com o objetivo de utilizar sua saída para o mar, em 22 de julho de 1839, os Farrapos tomaram a cidade de Laguna dos imperialistas. A cidade passou a chamar-se “Cidade Juliana de Laguna”, local onde se estabeleceu o Governo Provisório da “República Catarinense”, já articulando, democraticamente, a eleição provisória para Presidente da Republica Catarinense. A ocupação durou até o fim do mesmo ano, quando ocorreu a derrota naval dos Farrapos.
Um capitulo a parte na Revolução Farroupilha teve como protagonista a catarinense Ana Maria de Jesus Ribeiro, conhecida como Anita Garibaldi. Tornou-se uma lenda ao lutar ao lado do italiano Giuseppe Garibaldi pela liberdade, seja nas Américas (lutou no Brasil e no Uruguai), ou na Europa (lutou na Itália).
O estado esteve envolvido ainda na Guerra do Contestado, entre 1912 e 1916.
http://www.infoescola.com/historia/guerra-dos-farrapos/   (Saiba mais sobre a Guerra dos Farrapos)
http://www.infoescola.com/santa-catarina/bandeira-sc/      (Saiba mais sobre a Bandeira do estado de Santa Catarina).
http://www.infoescola.com/historia/guerra-do-contestado/   (Saiba mais sobre a Guerra do Contestado)

CULTURA CATARINENSE
A cultura de Santa Catarina reflete as variadas etnias presentes no Estado. Grupos folclóricos mantêm viva a herança dos imigrantes, presente também no artesanato, na linguagem, na gastronomia e nas festas típicas tradicionais, que atraem mais de um milhão de visitantes anualmente, principalmente a Oktoberfest de Blumenau, a segunda maior festa da cerveja do mundo.
Santa Catarina é uma referência internacional na dança. Em Joinville funciona a Escola do Teatro Bolshoi no Brasil, primeira e única filial da mais respeitada instituição de ensino de balé do mundo, o Teatro Bolshoi de Moscou. Sob supervisão de mestres do balé russo, cerca de 300 alunos recebem formação para serem artistas profissionais. Oitenta e cinco por cento das vagas são reservadas a alunos bolsistas, a maioria em situação de risco social.


A MAIOR FESTA ALEMÃ BRASILEIRA:  Oktoberfest

A Oktoberfest teve sua primeira edição em 1984 e logo demonstrou que seria um evento para entrar na história. Em apenas 10 dias de festa, 102 mil pessoas foram ao, então Pavilhão A da Proeb, número que na ocasião representava mais da metade da população da cidade. O consumo de chopp foi de quase um litro por pessoa. No ano seguinte, a festa despertou o interesse de comunidades vizinhas e de outras cidades do país. O evento passou, então, a ser realizado em dois pavilhões.O sucesso da Oktoberfest consolidou-se na terceira edição e tornou-se necessário a construção de mais um pavilhão e a utilização do ginásio de esportes Sebastião da Cruz - o Galegão - para abrigar os turistas vindos de várias partes do Brasil, principalmente da região Sudeste, e também de países vizinhos. O evento acabou fazendo de Blumenau o principal destino turístico de Santa Catarina no mês de outubro.Mas, para quem não sabe, a Oktoberfest não é só cerveja. É folclore, memória e tradição. Durante 18 dias de festa os blumenauenses mostram para todo o Brasil a sua riqueza cultural, revelada pelo amor à música, à dança e à gastronomia típica, que preservam os costumes dos antepassados vindos da Alemanha para formar colônias na região Sul. A cultura germânica o turista confere pela qualidade da festa, dos serviços oferecidos, através de sociedades esportivas, recreativas e culturais, dos clubes de caça e tiro e dos grupos de danças folclóricas. Todos eles dão um colorido especial ao evento, nas apresentações, nos desfiles pelo centro da cidade e nos pavilhões da festa por onde circulam, animando os turistas e ostentando, orgulhosos, os seus trajes típicos.É por essa característica que a festa blumenauense, versão consagrada da Oktoberfest de Munique, transformou-se, a partir de 1988, numa promoção que reúne mais de 600 mil pessoas por ano. E foi, também, a partir dela que outras festas surgiram em Santa Catarina, tendo a promoção de Blumenau como carro-chefe, fato que acabou por tornar o território catarinense no caminho preferido dos turistas no mês de outubro.


Gastronomia Catarinense
Os descendentes de eslavos – poloneses e ucranianos –, que se instalaram principalmente na região Norte, mantêm viva sua culinária forte e exótica, repleta de nomes difíceis, cheiros e sabores peculiares. Destacam-se a torta salgada de requeijão, a salada de repolho roxo, as maçãs recheadas, sopa de batatas com leite, pastéis de batata e requeijão. O condimentado goulasch – cozido de carne bovina com verdura – é a contribuição húngara. Os holandeses trouxeram a tecnologia do processamento de laticínios – leite, iogurte e queijos –, gerando indústrias conhecidas em todo o Estado. O mesmo se deu com os tiroleses da encantadora Treze Tílias, no Meio Oeste, famosos também pelos deliciosos chocolates caseiros. Por fim, nas estâncias serranas, a culinária revela a influência dos tropeiros e gaúchos que se instalaram na região. No cardápio, simples e farto, feijão tropeiro, arroz de carreteiro – preparados em fogão à lenha – churrasco e chimarrão, além do pinhão – fruto das Araucárias que caracterizam a paisagem da região.
Strudel de Maçã (Apfelstrudel))

Dança Folclórica

BOI DE MAMÃO

O folguedo do Boi-de -mamão no folclore catarinense é uma da brincadeira de maior atração popular.
Existe no folclore brasileiro com os nomes mais diversos: Bumba-meu-boi, Boi-bumbá, Boi-pintadinho , Boi-de-reis Boi-de-cara preta Boi-calemba etc...e entre nos o Boi de pano e Boi-de-mamão.

Origem do nome
Antigamente o folguedo do Boi era conhecido como Bumba-meu-Boi depois Boi- de-Pano, mas ocorre que com a pressa de fazer a cabeça foi usado mamão verde, e quando foi apresentado recebeu o nome de boi de mamão. esse nome é mantido até hoje, onde se vêem Bois com cabeça de todos os tipos. Há quem contrarie essa versão dizendo vir o nome Boi-mamão do boi que mama. Não existe registro que confirme ou desminta a versão do mamão verde conhecia ma mais de cem anos.
As versões variam conforme as regiões. No norte e nordeste, a sua apresentação é mais dramática.
No sul, ou seja em santa catarina se apresenta um boi de criação mais graciosa, com danças mais alegres, passando a brincadeira a encantar principalmente as crianças.

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

História da Região Sul do Brasil








A Região Sul do Brasil, ao contrário do Nordeste e do Sudeste, esteve muito tempo fora do alcance dos interesses de Portugal em virtude de fatores diversos entre os quais a posição geográfica no litoral das terras lusitanas no continente americano, posição que a tornava distante das células iniciais da colonização e, portanto, afastada do eixo econômico estabelecido entre o Brasil e a Metrópole. Processou-se o desenvolvimento do Brasil nordeste com base na indústria açucareira e na mineração, mas o sul, embora em parte já desbravado, chegou ao século XX, praticamente povoado.
Do povoamento que se processou até a metade do século XIX resultou em uma ocupação pouco expressiva constituída por uma população rural muito rarefeita. Esta população tinha como principais atividades econômicas a criação de gado nos campos, o cultivo da cana-de-açúcar em certos pontos da faixa costeira, extrativismo vegetal de erva-mate e incipientes culturas temporárias nas orlas florestais. Era, ainda, um povoamento inicial. Foi a partir do século XIX e principalmente nos últimos 50 anos doem pleno século XX, que a ocupação humana evoluiu em marcha acelerada da qual sobreveio a ocupação permanente de toda a região.

 PARANÁ


A denominação “Paraná” vem da língua guarani e quer dizer: “para” ... mar + “anã” ... parecido, parente, semelhante, significando rio grande, rio como mar, rio semelhante ao mar.
É termo de origem geográfica e refere-se ao Rio Paraná, o maior curso d’água em território paranaense, que divisa o Estado do Paraná da República do Paraguai e do Estado do Mato Grosso do Sul. Originalmente a pronúncia correta do termo era Paranã, porém, com o tempo alterou-se a acentuação da última vogal. Em se tratando de estudo toponímico, deve-se levar em conta que o topônimo Paraná, aparece, dentre várias citações, em três outras importantes denominações no território paranaense, a saber: “Rio Paranapanema”, que divide, a norte e noroeste os Estados do Paraná e de São Paulo; “Paranaguá”, primeiro município criado no estado; “Rio Paraná”, situado na porção oeste paranaense.
A denominação Paraná, dada ao Estado da Federação, surgiu a partir de 1853, no período da elevação da então Comarca de Curitiba, que era jurisdicionada à Província de São Paulo, à categoria de Província.

Cultura Paranaense

A cultura paranaense, rica e diversificada, é o resultado das múltiplas contribuições de diversos povos que foram se estabelecendo nas terras do Estado, ao longo dos séculos. Essa formação cultural se deu pela mistura das influências dos diversos povos que colonizaram suas terras, como os tropeiros, índios, escravos, portugueses, espanhóis, italianos, alemães e poloneses. A grande diversidade cultural do estado transparece na alimentação, nas crenças, nas festas e em outros costumes do povo paranaense.
No início, a cultura europeia, do espanhol e do português, foi redimensionada pelos mitos e costumes indígenas. Os paranaenses herdaram muitos dos costumes, como o hábito de consumir ervas, milho, mandioca, mel e tabaco.
Em seguida, os tropeiros contribuíram com a cultura do consumo do chimarrão, do café e do feijão tropeiro e os negros escravos deixaram como herança a feijoada, a cachaça e sua danças e ritos.
Mais tarde, os imigrantes europeus, que se fixaram principalmente no sul e leste do Paraná, trouxeram manifestações próprias que se misturaram à pré-existente cultura popular do Estado. Tradições polonesas, alemãs, ucranianas, libanesas e japonesas, por exemplo, somaram-se às manifestações de origens indígenas, africanas, portuguesas e espanholas, tornando a cultura do Paraná ainda mais diversa.
Assim, o Estado do Paraná é uma grande composição cultural influenciada por grupos que deslocaram-se de seus países ou Estados por variados motivos. E essa mistura toda trata da cultura paranaense, manifestada e representada na arquitetura, na culinária, no artesanato, na literatura e na música.

Comida Típica Paranaense
-Barreado;
-Carneiro no Buraco;
-Pinhão
-Chimarrão;
-Tererê;
-Dourado Assado.

Barreado
Os locais tradicionais do Estado do Paraná onde encontra-se com facilidade o barreado são as cidades de Morretes, onde o prato é mais conhecido, porém também encontra-se nas cidades vizinhas em alguns restaurantes: Antonina e Paranaguá.
Um prato típico da culinária brasileira de sabor indescritível e altamente revigorante. Foi criado há mais de 200 anos por caboclos do litoral paranaense. Começou a ser servido por ocasião da festa do "entrudo", que hoje em dia conhecemos pelo nome de "Carnaval". Depois, foi incorporado às festas religiosas de Morretes e Antonina e hoje é considerado o prático típico oficial do Paraná.
Como é feito?
É um cozido à base de carne bovina fibrosa, sem osso e sem gordura, temperada com condimentos tropicais. O autêntico Barreado é feito em panela de barro, onde os ingredientes são colocados em camadas e cobertos com folhas de bananeira. Depois, a panela é lacrada com uma argamassa de farinha de mandioca para evitar a saída de vapor. O cozimento se dá em fogo de lenha brando e dura até 18 horas para ficar no ponto

Cultura do Paraná
A cultura do Paraná é o conjunto de manifestações artístico-culturais desenvolvidas por paranaenses. É muito rica, por ter recebido a contribuição dos portugueses e espanhóis; dos africanose indígenas; dos imigrantes italianos, alemães, neerlandeses, poloneses, ucranianos, japoneses, árabes, coreanos, chineses e búlgaros; dos gaúchos, catarinenses, mineiros, e nordestinos.

Caracterizado pela transmissão oral de geração para geração e pelo anonimato sobre a origem de elementos como lendas e crendices populares, o folclore é uma manifestação resultante de períodos históricos e dos povos que ajudaram na formação de uma localidade. No Paraná, o folclore mistura histórias e costumes de antigas tribos indígenas, grupos de escravos, de imigrantes e também das pessoas que chegaram ao Estado na época do tropeirismo, como gaúchos, mineiros e paulistas.
Buscando manter as tradições dos primeiros habitantes do Paraná, grupos folclóricos apresentam-se com as danças e trajes típicos dos países de origem de seus antepassados. Outros realizam festas e dançam o Pau-de-fitas, a Balainha ou o Fandango, danças tipicamente paranaenses. Aliás, o Estado possui mais de 160 festas realizadas periodicamente em diversas cidades. A maioria dessas caracteriza-se pela finalidade de homenagear padroeiros e padroeiras, determinadas etnias, épocas do ano, produtos ou pratos típicos, além dos eventos tradicionais, a exemplo das Cavalhadas, da Congada e da Festa do Divino.
Dentro do folclore ainda são muito comuns a criação e disseminação de contos e lendas populares. No ano de 2005 a SEEC cadastrou mais de 200 “causos” para seu projeto “Paraná da Gente”. Entre as principais lendas paranaenses, a maioria retrata histórias envolvendo povos indígenas, assombrações, manifestações religiosas, seres fantásticos ou tesouros escondidos, além de vários contos sobre a figura de um monge chamado João Maria.
Através dessas lendas, danças e festas, a sociedade paranaense busca preservar os elementos de sua cultura que os remetem ao passado e que homenageiam aqueles que deram início à colonização do Estado, transmitindo esses valores e costumes para as novas gerações.